segunda-feira, 9 de maio de 2016

Imagem feita da Estação Espacial Internacional mostra América do Norte tomada por fumaça de incêndios no Canadá


O incêndio que atinge a Província de Alberta, na região central do Canadá, desde semana passada tem tomado proporções cada vez maiores e já pode até ser visto do espaço.
Imagens divulgadas pelo astronauta britânico Tim Peake, da Estação Espacial Internacional, mostram a região da América do Norte tomada pela fumaça originada dos incêndios em Alberta. É possível notar uma massa branca sobre o continente, que estaria vindo justamente do fogo que tem se alastrado pelas terras canadenses.
Até o último final de semana, o fogo já havia tomado conta de uma área de 1,6 mil km², maior do que toda a cidade de Nova York.
O incêndio começou no domingo, 1º de maio, e já forçou mais de 100 mil pessoas a serem evacuadas da região. Dezenas de milhares deixaram o local em mais de 300 voos efetuados dali para a capital da província, Edmonton.
Até o momento, não foram registrados mortos ou feridos em decorrência do incêndio, e as causas dele ainda estão sendo investigadas.
Segundo as autoridades locais, o fogo ainda poderá durar semanas e até meses - principalmente se as temperaturas continuarem altas na região e se não cair nenhuma chuva considerável.
Mais de mil bombeiros estão envolvidos na missão de apagar o incêndio, além de 150 helicópteros, 295 escavadeiras e 27 aviões-tanque.
Uma das cidades mais atingidas, Fort McMurray, é o centro da produção de petróleo da Província de Alberta. A grande preocupação é que o incêndio atinja os próprios locais de produção e tome proporções ainda maiores - no entanto, o fogo tem se afastado da cidade, gerando um alívio para o país.



Postado por: Ygor I. Mendes






segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Exposição à poluição ambiental mata quase 7 milhões de pessoas por ano, alerta Pnuma

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) chamou a atenção, no último dia 19 de fevereiro, para a longa e crescente lista de problemas de saúde associados à degradação ambiental. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 23% das mortes prematuras em todo o mundo poderiam ser atribuídas a fatores ambientais. Entre as crianças, a porcentagem sobre para 36%.
“Todos os anos, quase sete milhões de pessoas morrem porque são expostas à poluição em ambientes internos e externos, (envolvendo) desde a produção de energia, a utilização de fornos, o transporte, fornalhas industriais até queimadas e outras causas”, afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.
O chefe da agência da ONU destacou que cerca de mil crianças morrem por dia devido a doenças transmitidas por água contaminada e imprópria para o consumo. No mundo, mais de dois bilhões de indivíduos vivem regiões onde falta água.
O Pnuma mencionou a zika, a malária e o ebola entre as infecções cujos riscos são agravados conforme a degradação da natureza aumenta. Diferentes tipos de câncer e formas de intoxicação também foram citados.
“Há uma consciência crescente de que os humanos, pela sua intervenção no meio ambiente, desempenham um papel fundamental no recrudescimento ou na mitigação dos riscos à saúde”, disse Steiner.
Um exemplo consistente é o Protocolo de Montreal, acordo que foi implementado em 1989 e que retirou de circulação quase 100 substâncias nocivas à camada de ozônio. Segundo o Pnuma, estimativas indicam que, graças à iniciativa, cerca de 2 milhões de casos de câncer de pele serão prevenidos até 2030. Até 2060, a proibição dessas substâncias deve gerar ganhos de até 1,8 trilhão de dólares para os setores de saúde.
Outra medida lembrada pela agência foi a remoção de chumbo dos combustíveis, o que estaria contribuindo para evitar 1 milhão de mortes prematuras por ano. A eliminação do metal da composição da gasolina poderá aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) global em até 4%.
Além de combaterem a disseminação de doenças infecciosas, investimentos em saneamento e água potável também podem ser lucrativos. O Pnuma calcula que, para cada dólar investido no setor, lucra-se entre cinco e 28 dólares.
A relação entre saúde e meio ambiente será amplamente debatida na Assembleia Ambiental das Nações Unidas, que acontecerá ao final de maio. Durante a ocasião, o Pnuma lançará um relatório sobre o tema a fim de promover a discussão sobre os vínculos entre desenvolvimento, meio ambiente, saúde e economia.
O chefe da agência da ONU destacou que cerca de mil crianças morrem por dia devido a doenças transmitidas por água contaminada e imprópria para o consumo. No mundo, mais de 2 bilhões de indivíduos vivem regiões onde falta água.
O PNUMA mencionou a zika, a malária e o ebola entre as infecções cujos riscos são agravados conforme a degradação da natureza aumenta. Diferentes tipos de câncer e formas de intoxicação também foram citados.
“Há uma consciência crescente de que os humanos, pela sua intervenção no meio ambiente, desempenham um papel fundamental no recrudescimento ou na mitigação dos riscos à saúde”, disse Steiner.
Um exemplo consistente é o Protocolo de Montreal, acordo que foi implementado em 1989 e que retirou de circulação quase 100 substâncias nocivas à camada de ozônio. Segundo o PNUMA, estimativas indicam que, graças à iniciativa, cerca de 2 milhões de casos de câncer de pele serão prevenidos até 2030. Até 2060, a proibição dessas substâncias deve gerar ganhos de até 1,8 trilhão de dólares para os setores de saúde.
Outra medida lembrada pela agência foi a remoção de chumbo dos combustíveis, o que estaria contribuindo para evitar 1 milhão de mortes prematuras por ano. A eliminação do metal da composição da gasolina poderá aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) global em até 4%.
Além de combaterem a disseminação de doenças infecciosas, investimentos em saneamento e água potável também podem ser lucrativos. O PNUMA calcula que, para cada dólar investido no setor, lucra-se entre cinco e 28 dólares.
A relação entre saúde e meio ambiente será amplamente debatida na Assembleia Ambiental das Nações Unidas, que acontecerá ao final de maio. Durante a ocasião, o PNUMA lançará um relatório sobre o tema a fim de promover a discussão sobre os vínculos entre desenvolvimento, meio ambiente, saúde e economia.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Poluição do ar causa 5,5 milhões de mortes por ano

Mais de 5,5 milhões de pessoas estão morrendo de forma prematura no mundo todo ano como resultado da poluição do ar, segundo dados de uma nova pesquisa.
Os pesquisadores de vários países afirmam que a maioria das mortes está ocorrendo na China e Índia, economias que estão se desenvolvendo rapidamente.
E a principal causa da poluição do ar é a emissão de pequenas partículas a partir de usinas de energia, fábricas, veículos e da queima de carvão e madeira.
Os dados foram reunidos como parte do projeto chamado Global Burden of Disease ("Peso Global das Doenças", em tradução livre).
Os cientistas envolvidos na iniciativa disseram que as estatísticas mostram o que alguns países ainda precisam fazer para melhorar o ar que seus cidadãos respiram.
"Em Pequim ou Nova Déli em um dia de muita poluição do ar o número de partículas pode ser maior do que 300 microgramas por metro cúbico. O número deveria ser em torno de 25 ou 35 microgramas", disse Dan Greenbaum, do Instituto Health Effects, de Boston, nos Estados Unidos.
Respirar estas partículas líquidas ou sólidas pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrame, problemas respiratórios e até câncer.
E, enquanto os países desenvolvidos já progrediram muito no combate à poluição atmosférica nas últimas décadas, o número de pessoas que morrem devido à baixa qualidade do ar nos países em desenvolvimento ainda está aumentando. 
Segundo o estudo a poluição atmosférica causa mais mortes do que outros fatores de risco como desnutrição, obesidade, alcoolismo, abuso de drogas e sexo sem proteção.
O projeto Global Burden of Disease afirma que é o quarto maior risco, atrás apenas da pressão alta, dieta inadequada e fumo.
Idosos
Na China acredita-se que ocorram 1,6 milhão de mortes por ano; na Índia são cerca de 1,3 milhão. Estes números são de 2013, o ano mais recente em que as estatísticas estão disponíveis.
No entanto, as principais fontes de poluição são diferentes nos dois países.
Na China as partículas são emitidas principalmente na queima de carvão. O projeto calcula que apenas esta fonte é responsável por mais de 360 mil mortes por ano.
E mesmo já tendo metas para diminuir a combustão de carvão e as emissões no futuro, a China poderá ter problemas para diminuir o número de mortes pois sua população está envelhecendo e estes cidadãos são naturalmente mais vulneráveis a doenças associadas à baixa qualidade do ar.
"Acreditamos que há uma necessidade urgente de políticas mais agressivas para reduzir as emissões da combustão de carvão e outros setores", afirmou o pesquisador do projeto Qiao Ma, que também é doutorando na Universidade Tsinghua, em Pequim.
Na Índia o problema é a prática da queima de madeira, esterco, restos das colheitas e outros materiais. Geralmente esta queima é feita para cozinhar e aquecer ambientes.
Esta "poluição dentro de casa" causa muitos mais mortes do que a "poluição ao ar livre".
Analisando as tendências econômicas mais amplas na Índia a equipe de pesquisadores afirmou que o país corre o risco de ter uma qualidade do ar ainda pior no futuro.
"Apesar da proposta de controle de emissões há um crescimento significativo na demanda por eletricidade e também na produção industrial", afirmou Chandra Venkataraman, do Instituto Indiano de Tecnologia em Mumbai.
"Então, até 2050, este crescimento ofusca os controles de emissões (em nossas projeções) e vai levar a um aumento nas emissões de poluentes atmosféricos em 2050 na Índia."
Benefícios
Michael Brauer, da Univerisdade de British Columbia, no Canadá, afirmou que as estatísicas deveriam fazer com que os governos pensassem melhor sobre o alcance de suas políticas contra a poluição.
"O truque aqui é não precisar de 50 ou 60 anos que foram necessários nos países de alta renda e realmente acelerar o processo; e é justamente aí que pensamos que estas estatísticas vem a calhar", disse o pesquisador à BBC.
"Nos Estados Unidos sabemos que para cada dólar gasto em melhoramentos (no combate à) poluição atmosférica, ganhamos entre US$ 4 e US$ 30 em benefícios em termos de redução dos impactos na saúde", acrescentou.
A equipe de pesquisadores apresentou os resultados do estudo na reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência.